sábado, 17 de agosto de 2013

Enfim fatos

A subordinação de gênero existe dês dos princípios dos tempos, não importa em qual principio você acredita. Quanto no cenário religioso, quanto no cientifico, a mulher tinha o papel de coadjuvante. Enquanto o homem era o personagem principal. Ao longo dos anos, esse conceito foi questionado, e hoje em dia, sabemos a importância que cada personagem de fato possuía. Pesquisas mostram, por exemplo, que na pré história, homens e mulheres dividiam suas funções de maneira igual, e em relação a importância de cada uma, todas possuíam o mesmo valor naquela sociedade.  A mulher só assumiu de fato seu papel de submissa, depois que a agricultura, que até então era o seu trabalho, foi aprimorada. Tornando assim dona da caverna/casa. Essa subordinação foi vista claramente em Esparta. Enquanto os homens estavam guerreando, a mulher ficava em casa fazendo o possível para manter seus filhos vivos. Todo esse esforço resultou a elas o papel de administradoras daquela sociedade, que por sua vez resultou na criação de uma sociedade matriarcal. Esse tipo de poder feminino também pode ser visto na civilização elamita, que é considerada umas das mais desenvolvidas da Antiguidade. O papel de liderança que as mulheres exerciam nessas sociedades, e a eficácia desse trabalho, coloca em xeque todo o estereótipo de sexo frágil que o gênero feminino carrega.

E mesmo com todos esses fatos,  ainda é possível ouvir comentários machistas não só em sala de aula, vindo de professores, mas também em órgãos políticos; como na Comissão de Direitos Humanos e Minorias do Brasil. O mais intrigante, é que alguns desses comentários saem da boca de mulheres que ocupam cargos de importância nesses órgãos. Pergunto-me se essas mulheres tiveram aulas com alguns dos meus professores machistas, pois dai entenderiam de uma maneira distorcida, a luta feminista. Um exemplo claro e atual desse tipo de comportamento é a vereadora de Recife, Michelle Collin. Michelli afirma que “O fato de uma mulher estar na tribuna não muda o fato de ela ser submissa ao marido. Também está errada a mulher que, após conquistar seu direito e seu espaço, ela deixa de ser submissa ao homem. O homem está sim acima da mulher”. Se todos nós fossemos pensar dessa maneira, logo nos tornaríamos incentivadores de qualquer tipo de violência contra o sexo feminino, fazendo assim, a vontade de vários grupos que seguem uma ideologia sexista. Grupos esses que por sua vez, constituem camadas sociais caracterizadas pela influencia que exercem na vida pessoal de cada indivíduo; classe religiosa, política e etc.

Entretanto, sabemos que a natureza cria de maneira espontânea, para cada força maléfica, uma benéfica. O mal, da situação vivenciada por todos nós, já foi apresentado. O bem por sua vez, pode ser visto em movimentos sociais e ONG’s formados por pensadores esquerdistas. Alguns desses grupos possuem como principal características o incontrolável desespero por justiça, ocasionando assim, para opositores desses movimentos pró-direitos igualitários, atitudes agressivas, imorais ou marginalizadas.

Ser igualado a uma mulher é uma ideia assustadora para esses opositores, pois os mesmos possuem conhecimento o bastante para saberem que o gênero feminino é tão capaz quanto o homem – elas por exemplo, podem cometer as mesmas atrocidades contra eles. As desculpas para conseguirem esconder esse fato são varias.  Religiosos fanáticos são especialistas em criá-las. Então para nós, resta apenas analisar dados, como estes que foram citados no texto, para construir nossa posição em relação a desigualdade de gênero. Uma opinião limpa, baseada em fatos concretos, e de acordo com nossas necessidades, e não em livros historicamente duvidosos, ou no estilo de vida dos nossos antepassados.

Gabriel Vitorino 

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